domingo, 27 de novembro de 2016

Poema: Recomeçar

RECOMEÇAR

Hoje eu acordei,
Levantei e me olhei no espelho.
Lá estava a imagem
De quem eu era, de quem eu sou.
Me assustei,
Quando nos detalhes reparei.
Aquele fio branco no meu cabelo
Dizia muito...
A vida estava, a vida está passando,
E eu ainda me questionando?
Por um instante
Pensei o quanto sou errante,
Até me lembrar da humanidade
Em que habito, da vida que sigo,
Da luta em que insisto travar...
Do alto dos meus vinte,
Parafraseando o poeta,
Eu tinha muito para dizer,
Só não sabia como começar...
Deixei o fio branco de lado,
Já estava atrasada.

Permita-me a outro dia recomeçar.


                                                                                                                                        Giovanna Silva.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

RESUMO: A emergência da rádio e a vulgarização do entretenimento no lar

RESUMO
A emergência da rádio e a vulgarização do entretenimento no lar
(Nelson Ribeiro)

Segundo Nelson Ribeiro, o rádio foi o primeiro meio de comunicação a entrar nos lares, apesar de ser um aparelho luxuoso, logo ficou acessível para todos, mudando a rotina das famílias e trazendo uma nova forma de entretenimento, com transmissões de noticiários, músicas, comédias, novelas e concursos, fazendo com que o lazer tivesse sua acomodação dentro das residências.
O nascimento do rádio veio com o canadiano Reginald Aubrey Fessenen, em 1907, quando depois de muitas experiências com voz e música à distância sem fio, conseguiu transmitir até 200 milhas.
Mesmo com a Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos prosseguia com os experimentos de transmissões à distância, diferente da Europa que os experimentos ficaram suspenso. Da invenção do rádio até o seu desenvolvimento passaram uma década, não por falta de tecnologia, mas por encontrar uma utilidade para a forma de comunicação, que não seria individual como o telefone, mas teria uma massa de receptores.
Segundo o autor, ao longo do tempo o rádio se tornou mais que um aparelho de disseminação cultural, ele se transformou em um verdadeiro negócio. Na Alemanha Nazista, Hitler preferia usar o rádio para suas mensagens de índole ideológica, pois dizia que a imprensa escrita chegava apenas a elite. Nos Estados Unidos e na Europa o entretenimento através do rádio tinha um objetivo econômico e de divulgação de uma determinada ideologia.

O rádio chegou para mudar a forma de entretenimento da sociedade e seus hábitos. Antes as pessoas tinham seu lazer fora de casa, em estádios, anfiteatros, mas a chegada do aparelho fez com que o tempo de lazer fosse dentro de casa. O rádio abriu espaço para televisão e os outros meios de comunicação de massa, dando abertura para as indústrias culturais e uma nova cara para a sociedade do século XX.

sábado, 26 de março de 2016

POEMA: QUEM SOU EU?

QUEM SOU EU?

Se me encontrarem pelo caminho,
E me perguntarem
Quem sou eu?

Não saberei responder!

A todo instante
Estou mudando
Conhecendo o mundo, duvidando
E o mais importante,
Seguindo!
Seguindo em frente
Olhando para o horizonte.

E caso tudo escureça,
Sigo as estrelas
E se elas morrerem
Sigo meu coração.

E se me encontrar
No fim do mesmo caminho
Me faça a mesma pergunta...

Talvez responderei ou
Ainda estarei me questionando,
Quem sou eu?

                                                                                                       Giovanna Silva 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

PROJETO CIENTÍFICO - IDEOLOGIA NAS PARADAS DE SUCESSO

IDEOLOGIA NAS PARADAS DE SUCESSO 

Giovanna Aparecida Silva Cruz 

Resumo
É notória a influência dos meios de comunicação na atualidade. Um desses meios de comunicação é o rádio. O objetivo desta pesquisa é analisar a partir da teoria de A. Gramsci, o caráter ideológico das rádios de Marília, analisando os conteúdos transmitidos e sua influência sobre a vida dos ouvintes.
Palavras-chave: Meios de comunicação de massa; ideologia; cultura.

Introdução
De acordo com Tomazzi (2010, p. 189-190), a cultura brasileira é bem diversificada, onde se pode encontrar marcas evidentes de raízes indígenas, africanas, europeias, entre outras. Isso ocorre desde a culinária até a música.
Segundo Karl Marx, as ideias dominantes de uma determinada sociedade estão sempre relacionadas com a vida material e o seu modo de produção. Vivemos em uma sociedade capitalista e nossas ideias se referem a essa sociedade, a esse modo de produção.
De acordo com Gramsci, um certo tipo de vida e pensamento é dominante por influenciar valores, gostos, normas de toda uma sociedade, é a chamada hegemonia. Deacordo com T. Adorno, os meios de comunicação de massa têm papel decisivo na formação desses gostos e valores e se relaciona à massificação. Nesse sentido, podemos questionar se as rádios desempenham esse papel.
Justificativa
Diante do que analisou Gramsci, podemos questionar se as emissoras de rádio em Marília exercem tal influência sobre os gostos e valores de seus ouvintes.
Objetivos
O objetivo central deste trabalho é analisar a partir da teoria de hegemonia de A. Gramsci, a influência das rádios de Marília no que diz respeito aos valores e gostos dos ouvintes. Para tanto temos os seguintes objetivos específicos:
1-      Realizar revisão bibliográfica sobre o tema;
2-      Analisar o conteúdo transmitidos pelas rádios;
3-      Entrevistar ouvintes para analisar se há ou não a influência e se há, como ela ocorre.
Materiais e Métodos
O trabalho que pretendemos desenvolver constituirá de três etapas:
1-      Revisão bibliográfica (incluindo levantamento bibliográfico);
2-      Análise do conteúdo transmitido pelas com maior audiência na cidade de Marília;
3-      Realização de entrevista com os ouvintes a partir de questionários;
Referências Bibliográficas
CHAUÍ, M. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Coleção Primeiros Passos).
TOMAZZI, N. Sociologia para o Ensino Médio. 2ª edição.  São Paulo: Saraiva, 2010.

Levantamento Bibliográfico
ADORNO e HORKHEIMER. Ideologia. In: Temas básicos da sociologiaSão Paulo, ed. Cultrix, 1973.
EAGLETON, T. Ideologia – uma introdução. São Paulo: Ed. da Unesp, 1997.
GRAMSCI, A. Concepção Dialética da História. RJ: Civilização Brasileira, 1986.
GRAMSCI, A. Os Intelectuais e a Organização da Cultura. SP: Circulo do Livro, 1982.
GRUPPI, L. O conceito de hegemonia em Gramsci. 4ªed. RJ: Edições Graal, 2000.
KATZ, H. Gramsci, hegemonia e as redes da sociedade global. Redes: Revista Hispana para elAnalisis de Redes Sociales, vol. 12, junio. Barcelona: UniversidadAutonoma de Barcelona, 2007.
MANHEIM, K. Ideologia e Utopia: introducción a laSociologíadelconocimiento.Madrid: Aguilar, 1973.
MARX, K. Manuscritos Econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.
MÉSZAROS, I. O poder da ideologia. São Paulo: Boitempo, 2004a.
SARTORI, G. Homo videns: televisão e pós-pensamento. Bauru: Edusc, 2001.
VIANA, N. Introdução à Sociologia. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.





Projeto publicado na revista científica eletrônica : http://www.marilia.unesp.br/#!/graduacao/cursos/ciencias-sociais/cepecs/pibid/ee-prof-amilcare-mattei/revista-estudantil/

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

RESENHA - O QUE É IDEOLOGIA - MARILENA CHAUÍ

Resenha
Giovanna Ap. Silva Cruz
O que é Ideologia – Marilena Chauí

O livro de Chauí (data de publicação 1980), obviamente vai tratar sobre a Ideologia, como já anunciado no título.
A autora começa o livro dando alguns exemplos de mudanças e movimento, que é tudo e qualquer alteração da realidade, segundo alguns filósofos gregos.Para eles, há a mudança qualitativa, que é a mudança de aparência, um exemplo citado é a semente que com o tempo vira árvore.A mudança quantitativa é o aumento ou a diminuição.A mudança de lugar é a locomoção de qualquer corpo.E a geração e corrupção de corpos está relacionada com o nascimentos, parecimentos, das coisas e homens.
Marilena cita também a teoria aristotélica das quatro causas, que explica tudo o que existe, o modo e o fim para que existe e que cada causa tem um determinado valor.Mas que ao longo do tempo e da física elaborada no século XVII e XVIII ela foi reduzida em apenas duas, a eficiente e a final. E passou a ser operação ou ação, ao invés de causa.
No livro a autora fala de duas figuras diferentes, o burguês , que é livre e espiritual e determina as coisas, os fins para as coisas. Já o trabalhador é mecânico e corpóreo do trabalho, para fins estranhos, como uma forma de alienação. Essa ideia tenta explicar a realidades, ao invés de serem explicadas pela realidade. Os homens produzem ideias para explicar sua vida individual e o que está em sua volta, porém essas ideias escondem o modo real e a origem das formas sociais de exploração econômica e de dominação política, que podemos chamar de ideologia.
Depois da introdução, vem a história do termo, Ideologia, que apareceu pela primeira vez em 1801 no livro de Destutt de Tracy, Eléments d’ideologie ( Elementos de Ideologia), em que o autor junto com o médico Cabanis, com De Gérando e Volney, queria elaborar uma ciência que tratava da formação de ideias., querer (vontade), julgar (razão), sentir (percepção) e recordar (memória).
Marx, critica os ideólogos alemães e com isso conserva o significado napoleônico do termo que dizia que o ideólogo é aquele que inverte as relações entre a ideia e o real. No golpe de 18 Brumário, na França, os ideólogos foram partidários de Napoleão, que nomeou vários para senadores ou tribunos. Porém essa aliança não durou muito tempo, pois os ideólogos notaram que Bonaparte estava restaurando o antigo regime.
Para Augusto Comte, em seu livro “Cours de Philosophie Positive” , ideologia é atividade filosófico-científica que estuda a formação das ideias a partir da observação das relações entre o corpo humano e o meio ambiente tomando como ponto de partida as sensações, mas também passa a significar conjuntos de ideias de uma época, tanto como “ opinião-geral” , quanto no sentido de elaboração teórica dos pensadores de tal época.
Para Comte, o espirito humano passa por três fases de transformação: primeira fase, fetichista ou teológica: que é a explicação das coisas através da ação divina ( Deus ). A segunda é a metafísica que explica a realidade por meio dos princípios gerais e abstratos.A terceira é a fase positiva ou científica, que é a observação da realidade, analise de fatos, é a etapa final do progresso humano.
Cada fase do espírito cria ideias para explicar as coisas naturais e humanas, cada fase cria sua própria ideologia, uma teoria para colocar suas ideias em prática, seguindo  a teoria antes de qualquer ação, pois o conhecimento teórico tem uma previsão científica dos acontecimentos, e faz com que a prática seja seguida por regras e normas, para poder dominar , controlar a realidade.
Outro livro que também aparece o termo “ideológico” é de Durkheim, “ Regras para o método sociológico”, que tem como objetivo criar a sociologia como uma ciência. Para Durkhiem ideologia é todo conhecimento  da sociedade que não respeita tais critérios.
Chauí, também fala no livro , sobre a concepção marxista de ideologia, cita Marx e seu livro “ A ideologia Alemã ” , onde Marx vai criticar a ideologia Alemã e separar a produção das ideias e as condições sociais e históricas nas quais são produzidas. Marx coloca na categoria de ideólogos os franceses, que a ideologia é política e jurídica, os ingleses que é a ideologia econômica e os ideólogos alemães que são filósofos .
Ao longo desse capítulo, a autora vai explicar as críticas de Marx,que usa da filosofia de Hegel para criticar e falar da obra hegeliana, da dialética e de seus aspectos de uma forma bem ampla.
Marilena, também fala do manuscrito de Marx sobre trabalho alienado e o capitalismo,  onde tudo é mercadoria, até o ser humano, para ele houve uma inversão, em que o social vira coisa e a coisa vira social. A ideologia burguesa faz com que os homens acreditam que são desiguais por natureza e iguais perante a lei, ao estado, esquecendo que quem faz as leis é a classe dominante, e que para o trabalhador enriquecer tem que trabalhar, enquanto enriquece o capitalista e não si próprio.
Marx e Engels, determinam o momentos de surgimento da ideologia, no instante em que houve divisão social do trabalho,ou seja, separar trabalho material ou manual e trabalho intelectual, entre trabalhadores e pensadores.Enquanto essa separação existir a ideologia nunca perderá sua função.
Segundo, Marilena Chauí, o que torna a ideologia objetiva é a alienação, o que torna a ideologia possível é a luta de classes.A ideologia é resultado da luta de classes e tem como função esconder a existência dessa luta, podemos dizer também que a história se constitui na  luta de classes.O poder da ideologia aumenta quanto maior for sua capacidade para ocultar a origem da divisão social e da luta de classes.
A ideologia nasce para servir interesses de uma classe, e a classe dominante que esta no poder que impõe suas ideias aos dominados, pois os indivíduos da classe dominante pensam, diferente da classe dominada que não percebe a exploração e a dominação por conta da ideologia. Ela também transforam as ideias particulares em universais, para valer pra toda sociedade.Uma classe é hegemônica porque suas ideias e valores são dominantes.





Resenha elabora para a revista estudantil Ciência e Revolução- Vol 2 
http://www.marilia.unesp.br/#!/graduacao/cursos/ciencias-sociais/cepecs/pibid/ee-prof-amilcare-mattei/revista-estudantil--2/






domingo, 7 de fevereiro de 2016

POEMA: TELEVISÃO DITADORA

 "Televisão Ditadora"


Ditadores dentro do contexto
Ditam as regras da sociedade
A televisão e seus padrões
Impõe a violência base

A base dos símbolos
Que mata e prende
Aqueles que seguem a mente

Da televisão que mente



Giovanna Silva