quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

ABAPORU

ABAPORU



Foto tirada no MASP - junho/2019
Tarsila do Amaral no ano de 1928 pintou o “ABAPORU”, presente de aniversário ao seu esposo Oswald de Andrade, que segundo historiadores, não mediu esforços para elogiar a obra da esposa, considerando assim, a melhor obra feita por Tarsila.
Para alguns o “Abaporu” é a obra mais valiosa da arte brasileira e de grande importância para o movimento antropofágico, que teve a obra como inspiração para o manifesto da antropofagia, que tinha como objetivo e conteúdo absorver a arte estrangeira daquela época e criar algo novo.
O que representa o “Abaporu”?
A palavra “Abaporu” vem do Tupi-Guarani “homem que come gente”.
Há muitas interpretações e inspirações para a obra, que segundo a sobrinha-neta de Tarsila do Amaral, Tarsilinha do Amaral, o quadro Abaporu é um autorretrato da tia, chegando a esta conclusão através das características marcantes da artista, desde a cabeça/face ao pé desproporcional a partir de uma visão pelo espelho, segundo Tarsilinha.
Outros acreditam que o Abaporu representa o homem do campo com os pés e as mãos gigantes e a cabeça pequena, refletindo assim a falta de oportunidade para seu desenvolvimento intelectual.
Cabe aqui destacar que observando está grande obra, notamos as cores do Brasil. O sol amarelado com um núcleo alaranjado, o céu azul, e o verde representado no solo e no cacto. Assim, nota-se a valorização de Tarsila pelas cores nacionais, dando através da obra, a oportunidade para a arte brasileira para uma visão internacional.
O “Abaporu” não se encontra em terras brasileiras, infelizmente.
Em 1960, Tarsila vendeu o quadro para o colecionador Pietro Bardi, fundador do Masp, pois a vontade de Tarsila era que o quadro ficasse eternamente no Museu de Arte de São Paulo, porém Bardi revendeu a obra a um colecionador, que logo em seguida, optou em leiloar a obra, que foi arrematada por Eduardo Constantini, empresário argentino.
Hoje o quadro se encontra no Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Malba).
Em 2019, passei uma semana estagiando na capital paulista, e como ir para São Paulo e não ir no MASP? Quase impossível.
Tive a oportunidade de apreciar grandes obras de Tarsila, na exposição “Tarsila Popular” e dentre elas a grande obra “Abaporu”. 

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